MATHIAS EMKE

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Mathias Emke

Mathias Emke

@mathiasemke

Tenha boas ideias, mas não se torne um idiota!

Quero ser bem honesto com você nesse texto. Eu sei que você se orgulha de ter feito trabalhos incríveis e de ter uma trajetória magnífica no mundo dos negócios. Eu mesmo me pego pensando em quantas vezes resolvi os problemas do cliente criando e projetando ótimas soluções e, no processo, tornamos o mundo ao nosso redor um lugar muito melhor, mais eficiente e seguro.

 

Devemos SIM!!! Amar nossa trajetória e o que fazemos. Eu sei que, às vezes, podemos perder a esperança de amar o que fazemos sem nos apaixonarmos por todas as ideias que surgem em nossas mentes ou que surgem em um bloco de notas, arquivo de Word ou mesmo um rabisco no papel. O processo criativo é sobre apresentar uma tonelada de ideias, e perceber que a maioria delas provavelmente nunca verá a luz do dia, e precisamos concordar e aceitar esse fato.

Existem algumas razões pelas quais nós, pessoas engajadas, tendemos a nos apaixonar por nossas ideias. Neste momento do texto você deve estar se perguntando: Mas Mathias, por que não deveríamos? Se essa pergunta surgiu mesmo, você está pensando que é parte do nosso trabalho amar ideias, certo? Bem, sim, faz parte do trabalho, mas não é tão simples.

Eu diria que: Nosso trabalho é amar a busca de ideias, e não a própria ideia.

Por que nos apaixonamos por nossas ideias?

 

As ideias nem sempre são fáceis de se conseguir. Tá bom, tá bom, eu entendo que ótimas ideias não são fáceis. Às vezes, todos atingimos um branco criativo e até mesmo ideias ruins não vem. Então, quando nos deparamos com algo que achamos que pode funcionar, mesmo que seja muito cedo no processo para dizer se é a nossa melhor ideia, nos apegamos a ela com todas as nossas forças e ficamos até com medo de compartilhar pois podemos perder a patente por ela. O processo criativo é intenso; pode levar horas, semanas ou até meses.

Pode ser realmente fácil se apegar às nossas ideias quando derramamos suor, sangue e lágrimas por elas. Temos o costume de valorizar o trabalho pesado. Quanto mais trabalhoso, oneroso e difícil, mais damos valor.

Quando sabemos quanto trabalho o processo levará após a ideia ser aceita ou implementada, assumimos o compromisso de seguir essa ideia à risca, porque o caminho a seguir dará trabalho e isso refletirá em satisfação ao final, todos pensam assim. Mas apenas porque há trabalho duro envolvido, não significa que é algo que não pode ser alterado no processo para facilitar ou mesmo apresentar novos caminhos que podem ser ainda melhores.

Por vezes sua ideia pode ser uma faísca para acender algo muito maior e mais intenso.

Não apresente Diamantes Brutos

Outra razão pela qual nos apaixonamos por nossas ideias é quando nos sentimos confiantes com sua execução, explicação e condução. E com isso achamos que o trabalho será incrível se seguirmos nossas ideias. Teremos muitos clientes, aumentaremos resultados e podemos até ganhar prêmios. Neste momento, passamos a ver nossa ideia como um ovo de ouro e todos que se aproximam querem pegá-lo de nós. Esse é um caminho perigoso até mesmo para a própria ideia. Porque podemos acreditar que ela está pronta, finalizada e que não temos mais que aprender e melhorar.

Às vezes pode até acontecer do nosso know-hall e estudo desenvolver realmente uma ideia que acabe sendo a melhor ao final. Só que eu te digo uma coisa, a única maneira de saber isso com certeza é esboçar, explorar muitas possibilidades, apresentar para outras pessoas e tentar ver que outras ideias podem resolver nossos problemas. Abra seu leque de opções, aumente seu radar e, como dizem os gurus da inovação: “Think outside the box”.

 

Se você voltar depois disso tudo e realmente achar que a sua primeira ideia foi ótima e seguir em frente, incrível, bom para você e para seu trabalho. Mas se apaixonar por sua primeira ideia é uma das piores coisas que você pode fazer.

Quando estamos confiantes demais, achamos que tudo o que fazemos é impressionante e perdemos ótimas oportunidades de lapidar algo que realmente é valioso. Nosso diamante bruto pode muito bem receber polimento para que no final tenha muito mais impacto e valor.

Por que não devemos nos apaixonar por nossas ideias

Pode ter certeza meu amigo, você se tornará menos eficaz. Na verdade, existe alguma psicologia ligada à essa noção de se envolver demais ou se apegar as ideias. Quando as pessoas se apegam a uma ideia específica, tornam-se “seletivas” no feedback que recebem. Em outras palavras, as pessoas que se apaixonam por suas ideias só ouvem as coisas boas e tendem a filtrar as críticas potencialmente construtivas. As peças criativas que permanecem objetivas e focadas no propósito final mantêm pouco caráter pessoal e são capazes de realmente ouvir os comentários que recebem de maneira profissional.

Os profissionais que aceitarem feedbacks de maneira profissional e com o olhar de melhoria, sempre terão ao final um resultado melhor e mais sólido. Gosto de lembrar aqui que a Crítica Construtiva é muito mais do ponto de vista de quem ouve do que de quem fala.

Na verdade, se a crítica será construtiva ou destrutiva depende muito mais da pessoa que recebe e de como ela lidará e usará isso. O nosso trabalho é sobre a solução de problemas, e se nossas ideias apenas nos fazem felizes, mas falham na resolução de problemas, então estamos falhando em nossa missão e propósito.

Não seja um Idiota

Há outro problema em ser excessivamente confiante quando se trata de se apaixonar por suas ideias. Quando você se torna esse ser superconfiante, você acaba se tornando um idiota arrogante, desculpe a dureza das palavras, mas ninguém quer trabalhar com um colega ou líder idiota assim. Todos conhecemos pessoas que simplesmente não conseguem fazer comentários objetivos ou críticas construtivas sobre seu trabalho. Eu mesmo tive colaboradores que ofereci feedbacks e eles decidiram que sabiam melhor o que fazer e acabaram com trabalhos medíocres.

Como líderes, temos que perceber que não existe uma resposta certa para um determinado problema e que, se você se envolver em seu próprio ego, não enxergará quando houver uma solução potencialmente melhor por aí, no final, acabará parecendo um idiota e perderá o respeito dos demais.

 

Calma, você pode acabar tendo uma ideia ainda melhor

Os profissionais que se sentem menos apegados às suas ideias são capazes de visualizá-las mais objetivamente, respondem bem ao feedback e, eventualmente, criam um trabalho melhor do que aquele que decidiu que simplesmente não poderia mudar a ideia pela qual se apaixonou profundamente.

Não se assuste, mas pude ver em minha trajetória que algumas ideias são destinadas a morrer para que ideias melhores possam viver. Perceber isso pode ser uma mudança de vida para você. Pense que se apaixonar pela busca de ideias é o caminho mais gratificante a seguir.

Persiga a oportunidade e a grandeza, não fique amarrado e casado com a primeira explosão de criatividade que aparecer no seu caminho. Seja paciente e dê uma olhada em todas as soluções possíveis para qualquer problema, sem se perder nelas e no propósito daquela ação.

Em vez de se apaixonar pelas ideias que você cria, fique mais aberto a receber e incorporar feedback, e você terá ideias que jamais imaginou. Prefiro seguir uma ideia sabendo que ela pode se transformar em algo ainda melhor do que me aprofundar em uma ideia que pode não funcionar e pior, pode afundar comigo.

Às vezes, o primeiro conceito que criamos é incrível e às vezes não. Mas, seja a nossa primeira ou a 100ª, qualquer ideia, especialmente as criativas, sempre podem ser melhoradas. SEMPRE!!!

No momento em que nos casamos com uma única ideia, já estamos no caminho de nos tornarmos obsoletos. A inovação criativa requer flexibilidade e vontade de mudar e aprender.

Não há problema em defender sua posição quando o cliente pedir algo que você considera inadequado, mas quando houver mudanças ou melhorias legítimas que possam ser feitas, não morra na colina do seu “amor”. Apaixone-se pela perseguição, siga as ideias, mas não se apaixone por elas.

Apaixonar-se cegamente por ideias sempre termina em desgosto, porque, por mais grato que seja o cliente, ninguém jamais as apreciará tanto quanto você. Falo novamente, não há problema algum em amar suas ideias. Mas se quer ser feliz, ame o processo criativo, ame a perseguição, a busca por resolução de problemas, queira ser melhor e estar cercado dos melhores.

 
Se lendo esse texto você teve uma ideia, agarre, mas agarre com uma certa folga pois se apertar muito ela pode quebrar em suas mãos antes de ser lapidada.
 

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